O sagrado das pequenas coisas

Hoje a gente vai falar sobre sagrado. As pessoas têm dentro delas, construídas a partir da nossa cultura mesmo, de que existem dias sagrados, lugares sagrados, momentos sagrados. Comidas sagradas, roupas sagradas. É assim que o nosso mundo vive. Eu não estou criticando que você considere um lugar, um dia, um momento, uma roupa, uma comida sagrada. Eu só estou dizendo que a partir disso a gente se esquece que absolutamente tudo é sagrado. É como se você entrasse em um lugar sagrado e somente ali você tivesse que ter bom coração, tivesse que se conectar com a tua fonte de amor. Somente naquele dia, naquele momento.

A gente se esquece que todos os dias são sagrados, que o nascer do Sol é sagrado e que você é sagrado. Hoje eu vim te lembrar que quando você sorri ao olhar para o céu, quando você agradece o nascer do Sol, quando você faz carinho em um animal, quando você inspira alegria por conta de uma flor, é uma oração. Tudo que você faz, meu amor, é uma oração, vibra como pedido, louvor ou agradecimento para o universo. Então quando você se enche de raiva e de rancor, você está vibrando e pedindo isso ao universo, assim como quando se reveste de amor, se preenche de luz, você também está pedindo.

Tudo que você faz tem uma conexão porque você não está separado desse universo amoroso. A fonte de amor, esse universo amoroso, te circunda e te preenche. Você inspira esse amor e expira a divindade que existe em você, esse amor transformado de dentro de você. Então é bacana que você de repente possa começar a compreender isso para poder entender também as coisas que se manifestam ao seu redor. O que o mundo quer te mostrar, o que o universo quer te mostrar e como de repente tudo pode ter um sentido diferente se você entender que cada coisa que você faz é sagrada, que cada lugar que você está é sagrado.

Imagine se você entra em um dia sagrado, em um Templo Sagrado e fica lá por duas horas sagradas e você sai de lá se sentindo tão melhor. Como seria se você olhasse para tudo como sagrado? Com que respeito você agiria por você mesmo e por tudo que te cerca? E quantas vezes você transformaria uma raiva, uma reclamação, uma frustração em uma respiração para mudar, transformar o sentimento em algo melhor. Quanto mais você se esforçaria para sair de uma coisa ruim ao invés de se entregar àquilo que te maltrata?

Algo ruim aconteceu e as pessoas literalmente sentam, colocam uma música triste, começam a chorar e fazer um filme na cabeça sobre aquilo ruim que aconteceu. Propositadamente a pessoa está criando muito mais dor dentro dela. Por que uma pessoa faria isso? E se essa pessoa de repente entender que aquilo que ela está fazendo é sagrado, tem força, tem poder, cria. Se de repente ela perceber isso e, apesar da dor, sentar e colocar uma música melhor e fizer um filme melhor na própria cabeça? Visualizar coisas melhores, o que que ela está vibrando e emitindo para esse universo que é amor, ao invés de ir na contramão disso se machucar, se ferir, construir coisas que não são tão boas.

E tudo isso tem a ver com autoestima porque eu falo de autoestima? Tudo isso tem a ver com autoestima, tudo isso tem a ver com amor. Não existe amor sem autoamor. Se você não se ama, o que você entrega para o outro é carência. Mas se você se conectar com amor, o que você traz para você é amor. Se você senta em um momento difícil, coloca uma música triste e faz um filme ruim, você está se maltratando muito naquele momento e criando outros momentos ruins. Se você faz o contrário, algo bom para você mesmo no momento de dor, você está através de atitudes se amando. Porque amar é ação, o verbo “amar” é ação, todo o verbo é ação.